Essencialmente uma estrutura independente (box) isolada da principal do edifício através de elementos resilientes (isoladores de vibração), a estrutura Box in Box é muito utilizada para o controle de ruído entre ambientes. A palavra chave neste caso é desacoplamento! O desenho esquemático a seguir demonstra um exemplo de estrutura Box in Box, lembrando que diversas variações desta solução podem ser adotadas. O sistema ideal, portanto, deve ser avaliado em cada caso. Além disso, as especificações devem estar de acordo com o uso do ambiente e suas adjacências. Uma estrutura Box in Box é composta por 3 elementos principais:
Primeiramente, está a laje flutuante. Provavelmente, o componente mais importante desse sistema é o piso. E, para obter alto isolamento acústico, os sistemas de piso geralmente são flutuantes. O sistema, desse modo, é composto por uma laje construída em concreto armado e apoiada em isoladores elastoméricos (ou molas). Entre a laje estrutural e a laje flutuante existe uma camada de ar, que também exerce função importante para o desempenho do sistema. Em segundo lugar, pode-se falar sobre as paredes isoladas acusticamente. Uma vez que a laje flutuante esteja executada, as paredes poderão ser construídas diretamente sobre o piso. Isso atinge o próximo elemento da “caixa na caixa”. Quando as paredes internas da Box precisam ser apoiadas na vedação externa da edificação, podem ser utilizados isoladores de vibração específicos para esta finalidade, como mostra o desenho a seguir.
Logo após, vem o forro flutuante com hangers (pendurais). Finalmente, para completar a estrutura Box in Box, é necessário um forro acústico. Estes são geralmente construídos em gesso acartonado, com as placas suspensas por pendurais (hangers) acoplados à estrutura metálica do drywall.
Onde se aplica esta solução?
A estrutura Box in Box é muito empregada em estúdios de gravação audiovisual, teatros, salas de concerto, auditórios, escolas de música, espaços de ensaios e performances artísticas. Pode ser indicada para espaços localizados na cobertura de edifícios e que tem alto potencial para gerar ruído e vibrações, como bares, casas noturnas, restaurantes ou até mesmo áreas técnicas para chillers, bombas ou geradores. Por Marcelo Nudel Fonte: Ca2 Consultores Ambientais Associados
Data publicação: 29 de junho de 2020
Canais: Construção Sustentável
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