A desvalorização dos serviços de remoção, transporte e destinação de resíduos da construção e demolição resulta em uma percepção pequena do valor desse negócio. Contudo esse tipo de atividade é essencial para a preservação da saúde e do meio ambiente. Assim, como é possível ampliar a valorização do setor e, ao mesmo tempo, evitar problemas na locação de caçambas de entulho? A resposta para a primeira pergunta está em uma maior profissionalização. Infelizmente, os clientes, os órgãos ambientais e a opinião pública não reconhecem a importância dessa atividade. Os empresários do setor de resíduos, com isso, sofrem para precificar o negócio de forma a ter competitividade e lucratividade. Como resultado, o valor da caçamba de entulho fica aquém do que realmente vale. Essa avaliação é feita após mais de 10 anos de experiência nesse segmento. Outro dia, por exemplo, fiquei surpreso em uma conversa com um executivo do setor sobre como ele deveria trabalhar durante a pandemia. Ele me disse, na ocasião, que as caçambas não deveriam trabalhar porque acreditava não ser serviço essencial. Essa visão corrobora para a desvalorização do segmento. Além disso, há ainda a contratação inadequada por parte de algumas construtoras que, muitas vezes, estão mais preocupadas com a redução de custos e resultados financeiros imediatos. Então, o mercado se depara com empresas sem a mínima condição de operar. Ou seja, que não possuem sequer licença ambiental ou atestam o local de descarte do entulho. Isso resulta em prejuízos para todos. Entretanto, não podemos esquecer como os serviços de caçambas colaboram para a limpeza e saneamento da cidade e para a preservação da saúde das pessoas e do meio ambiente. Ademais, também ajuda na questão da segurança pública.
Dicas
No caso da segunda pergunta sobre como evitar problemas na locação de caçambas de entulho, é importante que as empresas transportadores observem algumas questões. Somado a isso, ainda sugiro a criação de procedimentos mais profissionais que assegurem a operação e a atividade do locador. São cinco dicas:
Por Levi Torres, coordenador da Abrecon – Associação Brasileira para Reciclagem de Resíduos da Construção Civil e Demolição
Data publicação: 20 de maio de 2020
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