BW Live: Indústria líder no setor do hidrogênio mundial aposta no potencial brasileiro para a produção de hidrogênio verde

Os esforços para diminuir o aquecimento global e reduzir o impacto ao meio ambiente movimentam políticas públicas e fomentam investimentos industriais e governamentais direcionados para a descarbonização da economia mundial. O hidrogênio é considerado insumo chave para a transformação energética devido a sua atuação em 7 setores: na integração com fontes renováveis, na indústria (por ex.: aço, fertilizantes e refinarias) através de geração de energia descentralizada e substituição de matérias-primas, no setor residencial e comercial produzindo calor e eletricidade, na mistura com o gás natural e nos transportes com zero emissão veicular. Países do Hemisfério Norte vêm se tornando sociedades de hidrogênio com a implementação de infraestrutura de produção de hidrogênio verde e sua utilização integrada em diversos setores. Esse movimento atraiu o investimento de grandes empresas globais, as quais estão desenvolvendo e implementando soluções para atender a demanda atual, com perspectivas de rápido crescimento nos próximos anos. No Brasil, já existem iniciativas públicas e privadas que buscam mapear e demonstrar o potencial do país para a produção do hidrogênio verde, ou seja, aquele produzido através de fontes renováveis de energia como solar, eólica, hidroelétrica e biomassa. A matriz energética renovável em abundância no país já começa a atrair empresas líderes mundiais no setor de hidrogênio como a Thyssenkrupp. A Thyssenkrupp do Brasil está trazendo a tecnologia de eletrolisadores de grande porte para a implementação de unidades industriais para a produção de hidrogênio verde em grande escala no país. “Nosso posicionamento é estar no início da cadeia do hidrogênio. Ou seja, em oferecer a tecnologia ideal para as empresas interessadas em produzir o hidrogênio verde para disponibilizá-lo ao mercado e/ou em utilizá-lo em sua própria planta industrial”, disse o engenheiro químico Luiz Mello, gerente de desenvolvimento de negócios na unidade Plant Technology da Thyssenkrupp no Brasil, na BW Live, promovida no dia 24 de junho, pelo perfil @bwexpo no Instagram. A empresa, aliás, colocou em seu plano estratégico o desenvolvimento dessa tecnologia em todo o mundo. “A economia do hidrogênio vai decolar e queremos ser um player importante e fornecedor de tecnologia para a produção desse insumo”, acrescentou. De acordo com Mello, a Thyssenkrupp possui 90 anos de tradição em uso de hidrogênio convencional (obtido a partir de combustíveis fósseis) para a produção de fertilizantes e de derivados de petróleo de maior valor agregado, além de dominar o processo de eletrólise, que é necessário para a produção do hidrogênio verde. “Temos a expertise e tradição em produzir hidrogênio, e nossa proposta é produzi-lo de forma sustentável”. Durante o papo online promovido pela BW Expo, Summit e Digital 2020, o executivo comentou sobre a diferença de investimento para a instalação de uma planta de hidrogênio convencional e de uma de hidrogênio verde. Segundo ele, a ordem de grandeza é 100 vezes menor para uma de hidrogênio verde por ser, justamente, sustentável, isto é, não depender de combustíveis fósseis. O gás natural, por exemplo, precisa vencer longas distâncias até chegar à planta industrial de produção de hidrogênio convencional, exigindo altos investimentos de transporte, logística e infraestrutura. Enquanto a planta de hidrogênio verde não precisa estar inserida em um polo industrial e pode estar pulverizada em diversas regiões, já que precisa apenas de água e energia elétrica. “O grid elétrico brasileiro está muito bem estabelecido, assim não há limites geográficos para a instalação de plantas para geração de hidrogênio verde”, complementou. Nesse sentido, o Brasil também tem uma grande vantagem que é a matriz energética formada por fontes renováveis, que podem estar integradas nessa planta industrial de hidrogênio verde. Isso porque, de acordo com o gerente da Thyssenkrupp, o hidrogênio pode ser a solução em momentos de intermitência das fontes renováveis, armazenando a energia. Assim, não há desperdício e a empresa pode criar um produto de alto valor agregado para uso posterior ou até para a comercialização. Mello também lembrou que o hidrogênio pode ser utilizado para a mobilidade, mas também como viabilizador de outros biocombustíveis. “O Brasil está consolidado na questão do biodiesel, mas o hidrogênio possibilita a criação de um diesel verde, por meio da hidrogenação das gorduras vegetais. Esse diesel verde não tem a limitação do biodiesel, que impede que o caminhão seja abastecido 100% com ele”. No final da BW Live, o  engenheiro químico ainda comentou que, além do Brasil, outro país que tem potencial para a produção de hidrogênio verde é o Chile, em especial pelo seu potencial de energia solar fotovoltaica. A apresentação da BW Live foi de Vagner Barbosa, responsável pelo marketing da BW Expo, Summit e Digital 2020. A íntegra do papo está no Canal da Sobratema no Youtube.

Data publicação: 25 de junho de 2020

Canais: Transformação Energética Hidrogênio

  • Compartilhar

Av. Francisco Matarazzo, 404 Cj. 701/703 Água Branca - CEP 05001-000 São Paulo/SP

Telefone (11) 3662-4159

© Sobratema. A reprodução do conteúdo total ou parcial é autorizada, desde que citada a fonte. Política de privacidade