O modelo econômico atual na indústria da moda tem provocado a geração de uma quantidade significativa de resíduos. O “pegar, fazer, usar e descartar” representa uma perda de aproximadamente US$ 100 bilhões em material por ano. Além disso, os oceanos sofrem com a poluição por microplásticos. Assim, como a circularidade tem sido trabalhada no mercado de vestuário, contribuindo para reduzir a contaminação das águas? Nesse sentido, a C&A Europa tomou, a partir de 2017, passos importantes no uso de fibras recicladas. Foram utilizados: poliéster reciclado para blusas, nylon reciclado para lingeries e algodão reciclado para jeans. O reuso desses materiais é extremamente importante, principalmente para conter a poluição não apenas dos oceanos, mas também do gelo. Um estudo recente encontrou diversos tipos de plástico no gelo Ártico, incluindo o poliéster. Ademais, a empresa se comprometeu a zerar até 2025 o envio de resíduos produzidos em suas lojas, centros de distribuição e escritórios para aterros sanitários. Sem dúvida, essa mudança levará anos para se consolidar. Contudo, vários passos podem ser dados imediatamente, como iniciativas para manejo de resíduos no interior das lojas e o uso de material reciclável na produção das roupas. No Brasil, pelo fato de venderem celulares nas lojas, há também um programa de devolução de aparelhos e baterias para que seja feito o descarte correto. Em 2018. foram coletados 53,432 itens, incluindo celulares e baterias.
Tabela 1. Quantidade de certos tipos de resíduo produzida pela C&A de cada país.
Tabela 2. Quantidade de resíduo perigoso e não perigoso produzido pela C&A de cada país.
Fornecedores
Outro ponto interessante a ser abordado é o código de conduta para os fornecedores. As práticas descritas no documento visam a sustentabilidade, igualdade, justiça e outros valores. Caso essas práticas não sejam seguidas, a empresa busca a resolução do problema, para que os trabalhadores não sejam prejudicados. Entretanto, se a conduta persistir por 6 meses, as relações são interrompidas. Há também a política de tolerância zero para algumas práticas, as quais levam à interrupção imediata das relações. Alguns exemplos de práticas saudáveis a serem seguidas pelos fornecedores na área ambiental são:
Tolerância zero:
Este tipo de política força os produtores e fornecedores a aplicarem a sustentabilidade no seu dia a dia, além de ajudar na conscientização de que o ambiente e a economia não devem se dissociar, mas buscar a harmonia. Esse case mostra como a circularidade tem sido trabalhada no mercado de vestuário, contribuindo para reduzir a contaminação das águas. Por Ana Luiza Fávaro Referências: Tradução livre de C&A Code of conduct for the supply of merchandise 2015 / C&A Global Sustainability Report 2018
Data publicação: 23 de junho de 2020
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