De acordo com os dados do IBGE, o Brasil emprega mais de 300 mil coletores de lixo, que atualmente vivem em situação de risco. Isso porque eles não possuem equipamentos adequados de proteção contra o coronavírus, como máscaras especiais com filtros, roupas e luvas especiais. Além disso, temos 800 mil catadores lixo que, neste momento, estão expostos a iminente contaminação. Afinal, eles manuseiam o lixo nas ruas e nas centrais de triagem, transbordo e cooperativas, sem equipamentos especiais. Desse modo, é imprescindível fornecer proteção aos coletores e catadores de lixo. Assim, a Associação Brasileira de Recuperação Energética de Resíduos (Abren) recomenda a utilização de máscaras com filtro, roupas e luvas especiais a estes profissionais. E quanto aos catadores, não sendo possível, recomenda seja determinada a proibição temporária do exercício de tais atividades, mediante justa remuneração, a ser providenciada com fundos específicos e direcionado aos Estados e Municípios afetados. Além disso, medidas são necessárias para a imediata eliminação do lixo hospitalar, seja por meio da incineração, fornos industriais ou autoclave, com o objetivo de conter a proliferação do Coronavírus presente nas atividades hospitalares, que devem crescer significativamente nos próximos dias. Empresas funerárias também devem utilizar equipamentos especiais ao manusear cadáveres que vieram a óbito em decorrência da COVID-19, sendo recomendável a presença de agentes de saúde para orientá-los.
Dados
Conforme dados da ISWA (Associação Internacional de Resíduos Sólidos, em português), o Brasil gasta R$ 1,5 bilhões por ano no tratamento de pessoas que tiveram exposição inadequada com o lixo urbano. E, tais valores poderão multiplicar-se, neste momento de crise em que o Brasil está passando com o coronavírus. Atualmente, a China recicla 35% e incinera 40% do lixo urbano, gerando energia limpa e eliminan33do o risco de contaminação causado pelo lixo. A Europa recicla 47% e incinera 28% dos seus resíduos sólidos urbanos. No Japão, a incineração chega a 70%. São países que possuem elevados índices de tratamento de resíduos. E, como resultado, quase nenhum gasto com a saúde pública decorre do manejo do lixo urbano. Por Yuri Schmitke Almeida Belchior Tisi
Data publicação: 24 de março de 2020
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